05/12/2022 às 09h18min - Atualizada em 05/12/2022 às 09h18min

Mato Grosso teve quase mil novos casos de HIV em 3 anos; 126 morreram em 2022

No dia Internacional de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) o mundo se une em prol da prevenção e o diagnóstico precoce

Em dezembro, comemora-se o Dia Internacional de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). A data serve para conscientizar as pessoas para a prevenção e o diagnóstico precoce do HIV e da Aids, isso porque ter HIV não é o mesmo que ter aids. 

O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) causa a AIDS, uma doença que ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças, mas as pessoas que possuem o vírus no organismo não desenvolvem a doença, mesmo podendo transmiti-la. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 38,4 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com o vírus e/ou a doença. 

Em Mato Grosso, o cénário também é preocupante. De acordo com dados divulgados recentemente pelSistema de Informação de Agravo de Notificação (Sinan), quase mil novos casos foram registrados no Estado nos últimos três anos, sendo 205 novos de janeiro a outubro de 2022; 363 em 2021; e 352 novos casos de Aids em 2020.

Nesse mesmo período, o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) registrou 126 mortes por HIV até outubro deste ano. No ano anterior, foram 211 vítimas da doença. 
 

Ainda de acordo com o levantamento apresentado, até outubro deste ano, foram notificados 555 novos casos de diagnóstico por HIV, que ocorre quando a pessoa apresenta o vírus, mas ainda não desenvolveu a doença. Os dados apontam que a maior frequência é entre jovens de 20 a 29 anos de idade. Esse valor chegou a 967 casos em 2021 e 871 novos casos em 2020.  

Um dos motivos para o aumento de casos foi o diagnóstico tardio e o abandono do tratamento. Só em Mato Grosso, cerca de 831 pessoas deixaram de fazer o tratamento há mais de 100 dias, com isso, o número de novos casos de Aids aumentou, porque a cadeia de transmissão do vírus continuou. 

Apesar de não haver cura para HIV nem para aids, um soropositivo pode ter qualidade de vida. Basta realizar o tratamento adequado, que pode detectar a carga viral fazendo com que o vírus deixe de ser trasmitido pelo sangue, e os cuidados necessários, como não manter apenas relações sexuais desprotegidas, não compartilhar seringas e instrumentos que furam ou cortam não esterilizados, entre outros. 

O diagnóstico precoce ainda é a melhor maneira de detectar a doença e agilizar o tratamento. A testagem rápida para HIV é gratuita, segura e sigilosa. E é possível fazer o teste em qualquer Unidade de Saúde da Atenção Básica, nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) e Serviços de Assistência Especializada (SAEs). 


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