07/12/2022 às 09h38min - Atualizada em 07/12/2022 às 09h38min

PF prende empresário de Mato Grosso por causa de vídeo pedindo apoio a CACs

Empresário foi preso em Brasília, no acampamento em frente ao QG do Exército.

Na noite dessa terça-feira dia 06, o empresário Milton Baldin foi preso em Brasília. A informação foi confirmada pelo advogado de Baldin, Levi de Andrade. Ele estava no acampamento de manifestantes em frente ao Quartel General do Exército quando foi alvo da operação da Polícia Federal.

A defesa ainda não teve acesso aos autos do processo, mas, segundo informações preliminares, um parlamentar do PSOL entrou com uma representação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o empresário, após a divulgação de um vídeo em que Milton Baldin pede apoio dos caminhoneiros, empresários do agronegócio e dos Cac’s (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo) para engrossar as manifestações contrárias à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília.

A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes.

"Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília, que nós estamos precisamos de peso e de força aqui", pediu o empresário em vídeo compartilhado nas redes sociais. "São só 15 dias, não vai fazer diferença. E também queria pedir aos CACs, que têm armas legais, hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores, venham aqui mostrar presença", completou.

“Ele foi mal interpretado. Ele não pede a ninguém para vir armado, apenas para defender um direito constitucional”, disse o advogado, que argumentou que o presidente eleito Lula já manifestou publicamente a intenção de restringir o acesso a armas de fogo no país, desfazendo medidas do governo de Jair Bolsonaro.
 

Segundo o advogado, Milton Baldin deve ser ouvido na manhã dessa quarta-feira (07) na Superintendência da Polícia Federal em Brasília. Antes disso, a defesa vai tentar obter acesso aos autos do processo antes do depoimento para poder orientar o empresário.

“Não é comum (não ter acesso aos autos do processo). Meu cliente não foi ouvido ainda e não consegui falar com o advogado. Vou pedir para ter acesso aos autos antes do depoimento”, explicou Levi de Andrade.


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