O Procurador-Geral de Justiça (PGJ) de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determine o bloqueio imediato das contas do produtor rural Mauridis Parreira Pimenta, de Campinápolis, por suspeita de financiamento de atos considerados pelo chefe do MP de Mato Grosso como "antidemocráticos".
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Mauridis se apresenta como “Dide Pimenta”, admitiu que ajudou e continua ajudando índios de Mato Grosso a irem para Brasília, inclusive o cacique Serere Xavante, preso desde o dia 12 de dezembro. Na capital federal, os manifestantes protestam contra a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, o produtor rural pediu doações via "Pix" para continuar ajudando na permanência de pessoas em Brasília.
“Nesse Contexto, identifica-se que MAURIDIS PARREIRA PIMENTA – “Dide Pimenta”, no vídeo em comento, afirma que prestou, com outras pessoas, apoio, tanto para o deslocamento como para manutenção de indígenas em Brasília-DF, para participar dos atos antidemocráticos, motivo pelo qual, salvo melhor juízo, as medidas determinadas por Vossa Excelência em relação a outros organizadores/financiadores dos atos antidemocráticos comportam extensão a ele”, diz o pedido assinado pelo PGJ.
José Acácio Serere Xavante foi preso na segunda-feira (12), segundo os indígenas, por ordem de Moraes, por participação de atos considerados antidemocráticos. Após sua prisão, manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal em Brasília e veículos foram incendiados.
Não há prazo para que o pedido do MP de Mato Grosso seja apreciado.