O juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, recebeu a denúncia contra o mato-grossense Alan Diego dos Santos Rodrigues e outras duas pessoas acusadas de instalar uma bomba nas proximidades do aeroporto da Capital Federal, no dia 24 de dezembro. Alan está foragido desde o ato fracassado.
Na véspera de Natal, as forças de segurança do Distrito Federal, com o apoio da Polícia Federal, identificaram e desarmaram uma bomba acoplada a um caminhão-tanque. O responsável pelo plano terrorista é o empresário George Washington Oliveira Souza. O terceiro envolvido no ato foi identificado como Wellington Macedo de Souza.
Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, George Washington citou o nome de Alan como um dos responsáveis por planejar o atentado, que tinha como alvo o sistema elétrico da Capital Federal.
A ideia do grupo seria provocar falta de energia em Brasília e dar “início ao caos que levaria à decretação do estado de sítio” em todo o território nacional. Segundo a Constituição, no estado de sítio há restrição de direitos fundamentais e o Executivo tem seus poderes aumentados.
Alan foi candidato a vereador pelo PSD em 2016, na cidade de Comodoro (MT), mas não foi eleito. Em resposta à denúncia de planejamento de ato terrorista, o Diretório do Partido Social Democrático decidiu pela sua expulsão da legenda.
George e Alan se conheceram no acampamento montado na frente do Quartel General do Exército em Brasília. Segundo revelado pelas autoridades, George Washington fabricou o explosivo e Alan se voluntariou para instalar as bombas em torres de energia elétrica. Wellington, por sua vez, foi o responsável por colocar a bomba encontrada no caminhão-tanque.