O empresário Vilson Mosquem da Silva, 57 anos, e seu filho, Felipe Mosquem Padilha, 23 anos, estão entre os presos na operação Safe Agro, deflagrada pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (07). A ação é contra uma associação criminosa voltada ao roubo de produtos agrícolas no estado.
Os dois foram presos na casa da família, no condomínio de luxo Belvedere, na Capital. Eles devem passar ainda hoje por audiência de custódia.
Conforme a Polícia Civil, Vilson já foi preso pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em setembro de 2022, na Operação Safra 2, que desmantelou um grupo criminoso responsável pelo furto de cargas de soja e milho.
Na época, foi divulgado que a ação criminosa do grupo causou um prejuízo superior a R$ 16 milhões de reais a empresas transportadoras e seguradoras ligadas ao agronegócio mato-grossense.
Nesta terça-feira seriam cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e de buscas domiciliares contra os membros do bando, que era voltado ao roubo de produtos agrícolas no estado.
Os nove mandados de prisão e nove de buscas são cumpridos nos municípios de Nova Mutum, Campo Novo do Parecis, Matupá e Cuiabá por equipes da GCCO, Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum, Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Delegacias de Campo Novo do Parecis e de Matupá. As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal de Tangará da Serra.
As investigações da GCCO tiveram início em maio do ano passado, quando bandidos armados roubaram uma fazenda, em Tangará da Serra, carregando quatro caminhões com 120 toneladas de soja produzidas no local.
Durante as investigações, a Polícia Civil apurou que parte dos criminosos havia também participado de um roubo de defensivos agrícolas, em uma propriedade rural no mesmo município. Os bandidos foram presos na Operação Ceres, deflagrada em maio do mesmo ano, quando foi apreendida uma arma de fogo e recuperadas cerca de cinco toneladas de defensivos agrícolas.
Outros alvos da operação são os acusados de render as vítimas durante o roubos; motoristas e proprietários dos caminhões utilizados para efetuar o transporte dos produtos roubados e os compradores da soja.
A Operação Safe Agro investigou também os responsáveis pelas empresas de fachada, que emitiam as notas fiscais com o intuito de conferir licitude às transações criminosas.