Em entrevista para a TV Centro América, nesta segunda-feira (13), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) se isentou dos esquemas de corrupção ligados à Saúde da Capital e defendeu que as investigações contra o ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues, preso na última quinta-feira (09), sejam aprofundadas.
“Eu sou colaborador de qualquer elucidação dos fatos. Você não pode chegar e falar ‘ah, ali tem corrupção’. Se fosse para falar, eu te aponto vários lugares que tem corrupção no estado e em qualquer outro lugar. Isso tem que ser investigado. Para você dizer que há corrupção, tem que ser investigado”, defendeu.
Para o prefeito, o ex-secretário “que está enfrentando alguns probleminhas” vai ter que responder pelas acusações que pesam contra ele.
Emanuel voltou a dizer que não tem compromisso com o erro e defendeu a atuação dos órgãos de controle, não apenas contra Cuiabá, mas também contra as secretarias estaduais.
“Eu não tenho compromisso com o erro. Se algum secretário, se algum assessor, se alguém da equipe comete um erro, cada um responde pelos seus atos. Eu acho que os órgãos de controle, o Ministério Público, a polícia, e de uma forma geral os órgãos de controle devem agir democraticamente, institucionalmente, não só com Cuiabá, com todos os municípios e com o Estado”, disse.
Célio Rodrigues foi preso na quinta-feira (09) por ordem do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O magistrado destacou a reincidência do ex-secretário de Saúde em esquemas de corrupção. Para o juiz, Célio “possui uma personalidade voltada ao crime”.
“Por supedâneo, a prisão preventiva do investigado Célio Rodrigues da Silva, é de extrema importância, como providência cautelar para resguardar a ordem pública, medida esta que fará cessar esses danos e, evitará que novas infrações contra o erário público seja perpetradas”, apontou o juiz na decisão que determinou a prisão de Célio.
Célio Rodrigues já foi preso em outubro de 2021 na Operação Curare deflagrada pela Polícia Federal, que apurou um suposto esquema na Empresa Cuiabana de Saúde, na ordem de R$ 100 milhões.