O segundo suspeito envolvido na chacina que matou sete pessoas em um bar de Sinop, Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, foi preso pela Polícia Civil de Sinop na manhã desta quinta-feira (23).
A prisão de Edgar foi combinada com a defesa do suspeito, o advogado Marcos Vinicius Borges, que aparece atrás do cliente.
Marcos chegou na Delegacia de Homicídios hoje de manhã e se reuniu com o responsável pela investigação, delegado Bráulio Junqueira. Em seguida, o advogado recebeu do próprio cliente, por celular, a localização do esconderijo. Após isso, equipes da polícia foram até o local indicado pelo suspeito, uma casa do bairro Jardim Califórnia.
Após o comparsa da chacina ser morto em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o advogado afirmou para o Sinop Urgente que Edgar se entregaria na manhã desta quinta-feira (23).
Para o jornalista, Marcos declarou que uma das exigências da defesa é acompanhar o cliente da viatura a delegacia. Ele também pediu que a prisão seja acompanhada pela mídia. O objetivo, segundo o jurista, era resguardar a integridade física de Edgar.
As exigências feitas pelo advogado foram atendidas pela Polícia Civil. A prisão foi acompanhada pela imprensa, e o jurista pode acompanhar a prisão e o cliente na viatura, conforme vídeo abaixo. Ele foi encaminhado para interrogatório para Delegacia de Homicídios de Sinop.
Vídeo:
Segundo Marcos Vinicius, a DHPP respeitou todos os pontos do acordo da entrega do suspeito e que Edgar se mostrou arrependido de ter matado as vítimas.
"Não entramos no mérito, mas, logicamente, se mostra totalmente arrependido pelo acontecido e agora ali será esclarecido quanto aos fatos. A princípio, essa apresentação, era assegurar a integridade física do mesmo".
Disse, ressaltando que não foi contratado para defendê-lo durante a investigação e a futura denúncia do Ministério Público.
O delegado Bráulio afirma que, informalmente, Edgar confessou o crime. O suspeito deve responder por sete homicídios qualificados. Para a autoridade policial, o caso já está solucionado e o trabalho da polícia encerrado.
"A autoria foi definida. Um foi preso, e outro foi morto. Nós temos provas suficientes da autoria. Nós temos todas as circunstâncias. Agora, é só questão de formalização realmente para poder encaminhar nosso trabalho para o Poder Judiciário", conclui.