O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva. A decisão foi publicada no início da tarde desta quinta-feira (9) no sistema do STJ e já foi encaminhada, por ofício, ao Poder Judiciário de Mato Grosso.
Célio estava preso desde o dia 9 de fevereiro deste ano, quando foi desencadeada a Operação Hypnos. Os agentes da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) apontaram a participação do ex-secretário da gestão Emanuel Pinheiro em um esquema que desviou dinheiro da Secretaria Municipal de Saúde em plena pandemia de covid-19.
De acordo com a Polícia Civil, relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). A partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão.
Em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para a empresa Remocenter, apontada como fantasma, cujos sócios seriam laranjas.
Conforme a polícia, o quadro de sócios era composto por pessoas que não teriam condições de administrá-la. Além disso, a Remocenter não tinha sede física no local informado em seu registro formal.
Segunda fase
Na quarta-feira (08), a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Hypnos. Dessa vez, foram alvos o diretor financeiro da ECSP, e braço direito de Célio, Eduardo Pereira Vasconcelos e o dono da empresa Remocenter, o empresário Maurício Miranda de Mello.
Eduardo foi preso e Maurício é considerado foragido.
Eduardo era braço direito de Célio e foi preso pela Polícia Civil. Os dois tinham uma “Chave J”, uma senha de acesso de uso individual, sigiloso e intransferível. A chave J foi combinada para utilização em conjunto entre eles, com o poder de liberar qualquer operação bancária, independente de qualquer lançamento ou conferência por qualquer outro setor da ECSP.
Já Maurício era o empresário dono da empresa Remocenter Serviços Médicos, que está no meio do escândalo.