21/03/2023 às 11h44min - Atualizada em 21/03/2023 às 11h44min

Delegado da Polícia Civil é alvo de Operação do Gaeco em MT

O delegado Douglas Turíbio, que já foi alvo de Processo Administrativo Disciplinar e chegou a ser suspenso, por infrações disciplinares. Agora ele é alvo da 3ª fase da Operação Renegados.

Redação - Deilane Lima
Portal JVC
Reprodução

Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (21) a terceira fase da operação Renegados, que mirou uma organização criminosa composta, entre outros membros, por policiais civis. A ação foi feita pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e pela Polícia Civil, por intermédio da Corregedoria-Geral da instituição. Um delegado foi alvo de busca e apreensão e quatro investigadores presos já foram identificados.

O objetivo foi o cumprimento de ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. Além das ordens de busca, a operação cumpre 10 mandados de prisão preventiva contra alvos da operação. Os mandados são cumpridos nas cidades de Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Rondonópolis.

Um dos alvos de busca e apreensão é o delegado Douglas Turíbio, que já foi alvo de Processo Administrativo Disciplinar e chegou a ser suspenso, por infrações disciplinares. Além dele, também foram alvos de busca e apreensão Ronaldo C. Miranda e Karolina Magalhães.

Já foram presos os investigadores da Polícia Civil Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário Rodrigues, Paulo  da S. Brito, Frederico Eduardo, Domingos Sávio, Natália Regina, Kelle Arruda, Samara Nunes, Rogério da Costa Ribeiro e Júlio César de Proença.

A operação se fundamenta na continuidade da investigação conjunta realizada em Procedimento de Investigação Criminal (PIC) instaurado pelo GAECO e em Inquérito instaurado pela Corregedoria-Geral da Policial Civil.  A investigação busca desarticular uma organização criminosa composta, além de policiais civis e outros membros, por informantes do grupo.

Os elementos informativos e provas colhidos durante as investigações, demonstraram que a organização criminosa era comandada por policial da ativa, o qual se utilizava de técnicas de investigação com o uso de equipamentos da Polícia Judiciária Civil, além da facilidade de ser chefe de operação de uma delegacia da Capital, para facilitar e encobrir as ações criminosas do grupo.

As ações praticadas pelos investigados envolvem a prática de crimes graves como concussão, corrupção, peculato, roubo e tráfico.

O Ministério Público e a Polícia Civil comungam esforços para combater os que desonram sua missão institucional e renegam a nobre missão do combate à corrupção e criminalidade. A lei é para todos e com muito mais rigor deve atingir aqueles que abusam da função pública e se utilizam do cargo e do aparato estatal para o cometimento de crimes.

A advogada Bárbara Monteiro que faz a defesa dos investigadores Edilson Antônio da Silva, Alan Cantuário, Rogério da Costa e Júlio César da Proença, afirmou que ainda não teve acesso aos autos do processo, e que aguardará a audiência de custódia para entrar com pedido de habeas corpus do seu cliente.


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