Após atingir a prima Eloá Victória Silva Oliveira, de 2 anos, com um tiro acidental disparado pela arma do sargento PM Elienay Pinheiro, pai da vítima, a menina de cinco anos pediu perdão. "Desculpa, tio", teria dito a criança, segundos após o incidente.
As duas meninas brincavam no quarto do policial, nessa quinta-feira (11), quando encontraram um revólver calibre .38 do agente no fundo falso de um criado-mudo.
Em depoimento, Elienay Pinheiro narra que as duas meninas e seu filho mais velho, de 8 anos, estavam assistindo televisão em seu quarto, enquanto ele preparava o almoço na cozinha e conversava ao telefone com um amigo.
"No meio da conversa [Elienay] ouviu o estampido, e foi em direção ao som, que era o seu quarto", narra o documento. Quando chegou no quarto, o policial viu a filha Eloá caída no chão, sangrando, e viu a arma de fogo em cima da cama, enquanto o filho de 8 anos gritava.
A sobrinha de Elienay estava parada ao lado da cama, de frente para Eloá, e ao olhar para o policial disse: "Desculpa, tio", e correu.
Elienay acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) enquanto realizava massagem cardíaca na filha, conforme orientação médica, até que a equipe chegasse ao local e apenas constatasse o óbito de Eloá.
A menina de 5 anos é sobrinha de Elienay e passava férias na casa da família, com outros parentes, há 5 dias. Em depoimento, o policial afirmou ter certeza de que a criança nunca o viu manuseando ou guardando a arma.