Após quarenta dias, Mato Grosso desmobilizou suas forças de segurança, que estavam na caçada aos criminosos que atacaram Confresa (1.160 km de Cuiabá) no dia 9 de abril. O balanço da Operação Canguçu conta 18 bandidos mortos em confrontos e quatro presos, sendo dois acusados de dar suporte logístico ao bando.
Em comunicado, o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, tenente-coronel Alexandre Mendes, enalteceu a coragem dos agentes que foram até Tocantins atrás do bando.
“Não foram quarenta horas, foram quarenta dias, onde as patrulhas poderiam encontrar o seu epílogo num desfecho inesperado. Num local inóspito. Onde trilhas, vales e pântanos, palmilhados sob alta-tensão, poderiam revelar encontros fatais, por minutos intermináveis”, diz trecho da mensagem.
O coronel comemorou a "vitória no deserto Canguçu", que levou os agentes ao limite do físico ao mental.
“E louvo essa vitória na vida de cada guerreiro e guerreira que atravessou o deserto Canguçu. A cada confronto entre o bem e o mal, onde o adversário fez-se derrotado. A cada apreensão a despojar do inimigo suas armas”, escreveu.
O ataque aconteceu no dia 9 de abril. O bando chegou à cidade em veículos blindados e com armamentos de grosso calibre.
Parte dos bandidos foi até o quartel da Polícia Militar da cidade e explodiu o portão. Em seguida, queimaram um carro em frente ao local.
Outra parte foi à sede da empresa de transporte de valores Brinks, anexo ao batalhão militar. Lá, os bandidos colocaram bombas no muro e conseguiram invadir o local. A expectativa era levar entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões.
O plano foi frustrado, contudo, em razão de um dispositivo de segurança que liberou uma fumaça tóxica, semelhante ao enxofre, que impedia que qualquer pessoa permanecesse dentro do cofre.
Após a fuga, o grupo chegou a entrar em confronto com a Força Tática, antes de fugir em direção ao Tocantins, onde foram cercados pelas forças de segurança de cinco estados.