24/05/2023 às 16h37min - Atualizada em 24/05/2023 às 16h37min

“Padrasto tinha relação doentia com menor e a violou por 11 anos”

Mãe sabia dos abusos e acobertou o caso; crime veio à tona no último final de semana em Sorriso

Redação
Midia News
Reprodução

A delegada de Sorriso, Jéssica Assis, afirmou que o operador de máquinas, de 36 anos, preso no último sábado (20) estuprou a enteada por quase 11 anos. A adolescente, hoje com 17 anos,sofria abusos sexuais desde os 5 anos.

 

O operador foi preso na noite do último sábado (20) pelo crime, no Distrito de Primaverinha. A partir das investigações, a Polícia concluiu que a mãe da jovem sabia sobre os abusos e fez vista grossa para acobertar o crime.

 

 

“Pelo que foi apurado e pelo relato da vítima, ela foi abusada pelo padrasto dos 5 aos 16 anos de idade e até mesmo chegou a ser dopada. Provavelmente esse foi o primeiro episódio de estupro cometido com conjunção carnal contra ela”, disse a delegada em coletiva à imprensa local.
 

A delegada contou, ainda, que os crimes foram cometidos também em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, já que a família se mudava muito, passando poucos meses em cada cidade. Em Sorriso, o homem foi autuado por violência psicológica.

 

Segundo a delegada, o homem mantinha uma obsessão pela menor de idade. 

 

“Uma vez que ele retinha pagamentos dessa menina, ele a vigiava, perseguia, tinha uma relação extremamente doentia com a enteada. Uma pessoa que ele deveria proteger, mas abusava”, explicou.
 

Estupro de vulnerável

 

Segundo a delegada, o que chama a atenção no caso é o fato da mãe saber de todos os abusos sofridos pela jovem e não ter feito nada a respeito.

 

“Tanto essa mulher quanto esse homem serão indiciados pelos crimes de estupro de vulnerável”, afirmou a delegada. A investigação será feita de forma fragmentada, por cada Polícia das cidades onde os crimes foram cometidos.

 

De acordo com o relato da vítima, em uma das cidade em que morou, o padrasto, que além de abusá-la sexualmente a agredia, se gabava de marcas deixadas na jovem.

 

“Esse sujeito se gabava perante vizinhos: ‘Olha isso aqui que eu fiz nela’, ‘olha essa marca’, e ninguém fez nada, ninguém procurou a Polícia”, disse a delegada

 

“Uma comunidade que é conivente, que aceita esse tipo de situação, é uma comunidade criminosa, uma comunidade que está doente. [...] O que não pode é uma pessoa passar 11 anos da vida sendo abusada sem ninguém tomar nenhuma atitude”, disse.

 

A jovem conseguiu ajuda para denunciar o caso com uma empregadora, que lhe deu apoio para trazer o caso à tona.


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