O temporal registrado no último domingo (28) em Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) causou enormes porejuízos. Em um dia, o município registrou o volume de chuvas previsto para 30 dias, o que acarretou uma série de problemas. Quinze casas e 8 pontos comerciais ficaram alagados, danos nas escolas, atoleiros e erosões nas ruas e rodovias totalizaram R$ 520 mil de prejuízo. O prefeito Osmar Froner (MDB) decretou situação de emergência por 180 dias.
Relatório do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), mostra que boa parte do município foi afetada, o que inclui residências na área urbana e rural, comércios e áreas agrícolas. Ao todo, cerca de 1 mil pessoas foram afetadas diretamente com os danos causados pelas chuvas.
A MT-515 foi afetada em vários pontos com atoleiros, cortes na estrada e danos na adutora de água. A MT-251 também foi inundada. No município, 8 comércios foram invadidos pelas águas, os muros de escolas estaduais e municipais desabaram e pontos de asfalto ficaram com crateras e ruas com erosão.
Os danos materiais também foram registrados em 15 casas (com eletroeletrônicos danificados, além de móveis, mantimentos e mercadorias), e 5 instalações públicas de uso comunitário, como a destruição de grande parte da Horta Comunitária Santa Edviges, somando um prejuízo financeiro de R$ 235 mil.
Além disso, estradas foram danificadas ocasionando restrição da passagem de veículos de carga e transporte escolar.
"Nos deparamos com uma chuva muito forte no domingo à tarde, a partir das 16 horas, e com um volume muito grande, muito intenso. Nos preocupamos em chamar a defesa civil, a secretaria de obras, as pessoas que estavam disponíveis para naquele momento uma chuva que em 90 minutos foi de 155 mm, então foi assustadora e prolongou, completando naquela noite 225 mm de chuva. No ditado popular 'um dilúvio', um a tromba d'água que assustou a cidade toda. Todos os 15 mil habitantes ficaram preocupados, as enxurradas muito fortes, assoreamento nas duas captações de água da cidade, as erosões nos asfaltos", explicou Froner.
Uma força-tarefa foi criada para atuar na limpeza e remoção de lama, lixo e entulhos nos bairros, prestar assistência às vítimas desabrigadas e/ou desalojadas.
Já estão sendo empregados recursos e equipes para recuperar calçadas, galerias, desassoreamento das duas captações de água do município e reconstrução de muros de escolas, além de medidas para ajudar nas casas e comércios danificados pela intensidade das chuvas.
A força-tarefa conta com agentes da Defesa Civil, que realizam avaliação de danos, cerca de 30 funcionários e os maquinários da secretaria de obras e 20 pessoas da equipe de limpeza pública. Bem como 2 pás carregadeiras, 2 retroescavadeiras, 4 caminhões, 1 motoniveladora e um caminhão pipa também auxiliam na força-tarefa, totalizando cerca de R$ 100 mil de fonte orçamentária municipal empregada para que a cidade volte à normalidade.
"A cidade é turística e já estamos com a vida normal. Temos evento agora em junho e julho e a população que vai nos visitar fique tranquila, que a cidade já está normal, com abastecimento, com as pousadas funcionando, assim como bares e restaurantes, com esses impactos que estamos adaptando, tudo vai dar certo e vamos nos recuperar", pontuou o prefeito.