Os trabalhos investigativos apontaram que os criminosos se especializaram em uma modalidade específica de furto, em que os veículos são subtraídos quando estão parados na rua. Durante o furto, os criminosos conseguem abrir e ligar a camionete, saindo normalmente com o veículo tomando rumo ignorado.
Desdobramentos
Durante as investigações, foi possível identificar uma outra célula da organização criminosa com atuação nos mesmos crimes, já investigados na primeira fase.
Entre os alvos, foram identificadas duas pessoas (padrasto e enteada) que eram responsáveis por alugar imóveis nas proximidades dos locais onde eram realizados os furtos, para “esfriar” (guardar a caminhonete por dois ou três dias) os veículos, para que seguida, tivessem suas placas de identificação trocadas. Após esse processo, a maior parte das Hilux tinham como destino a Bolívia.
A criminosa utilizava uma identidade falsa para alugar os imóveis, se passando por uma outra pessoa, sendo os pagamentos dos aluguéis destes imóveis realizados por meio da conta bancária de seu padrasto. Pelo menos dois imóveis foram alugados pela organização criminosa para este fim.
Crime de extorsão
Outro integrante da organização criminosa, identificado nas investigações, era responsável por extorquir as vítimas que tinham suas caminhonetes furtadas. Após conseguir os dados das vítimas, ele ligava para elas e exigia valores em dinheiro para que o veículo furtado fosse devolvido.
Falsificação de documentos
Ainda durante as investigações, paralelamente, foram identificados mais dois suspeitos que prestavam serviços aos demais integrantes da organização criminosa, falsificando procurações a fim de que viessem a ser utilizadas em concessionárias de órgãos públicos responsáveis que guarda e apreensão de seus veículos.
A falsificação das procurações tinha a finalidade de retirar veículos de propriedade dos integrantes da organização criminosa que eram apreendidos e tinham pendências nos órgãos de trânsito.
Nome da Operação
Kuron significa "clone" em japonês e faz referência à marca dos veículos, que é japonesa, e às peças das caminhonetes que eram clonadas.