Equipes da Politec e Polícias Civil e Militar ativaram nesta quarta-feira, a primeira fase da operação que combate ligações clandestinas de energia em Mato Grosso.
Um comboio com vinte agentes de segurança atuou em conjunto com equipes de fiscalização da Energisa. Foram focados casos de furtos que já eram monitorados pelo centro de inteligência da companhia no estado.
Na operação desta quinta-feira, o gerente de um supermercado no Parque Cuiabá foi preso em flagrante. No local, os técnicos encontraram um tipo de fraude que manipula a forma como o medidor faz a leitura do consumo. Mais de R$ 120 mil devem ser recuperados pela empresa, sendo R$ 40 mil em impostos não recolhidos.
O perito criminal da Politec de Mato Grosso, Rondon Souza Oliveira, que atestou o crime, explica que “o furto de energia é crime tipificado no Código Penal e deve ser punido pelo crime em si e pelo prejuízo que causa à sociedade. E isso tem que ser evitado.
Parte desse desvio é repassado aos consumidores. Além disso, a própria arrecadação do estado. O ICMS da energia elétrica é uma das maiores fontes de arrecadação do estado e remete para a sociedade. Então você desviando, tem um desvio direto para o estado”, enfatiza
Câmera em poste chama a atenção
Em outro ponto da capital, no Jardim Umuarama II, a polícia deu apoio na identificação de uma ligação direta em uma distribuidora de bebidas. De acordo com o supervisor da equipe de Combate às Perdas de Energia, Elson de Almeida Figueiredo, o dono do estabelecimento tentou intimidar as equipes da distribuidora em ações anteriores com ameaças.
“O combate ao furto não vai parar. A gente precisa trazer essa resposta pra toda nossa sociedade. Ele tentou evitar a fiscalização, mas nós agora estamos com esse apoio total das forças de segurança garantindo o cumprimento da Lei. Só nesse lugar foram fraudados R$ 15 mil, e isso afeta todos os clientes”, destacou Elson.
Durante a ação, uma câmera de vigilância instalada de forma irregular em um poste, chamou a atenção dos policiais. Toda a estrutura elétrica foi removida.
“Essas intervenções que identificamos na rede elétrica representam um risco à segurança, pois geralmente são feitas por quem não tem conhecimento técnico, podendo ocasionar um choque elétrico, um incêndio e até a morte do interventor. No caso desses estabelecimentos comerciais, o risco se estendia aos frequentadores dos locais e população circunvizinha”, acrescentou o técnico da Energisa.