O empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra sofreu tentativas de extorsões, agressões físicas e até ameaça de morte por líderes de facções criminosas no pouco período em que permaneceu na Penitenciária Central do Estado (PCE).
A informação consta no habeas corpus protocolado pela defesa e julgado pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Os magistrados decidiram por mantê-lo em cela especial na Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis (225 km ao Sul de Cuiabá).
"A determinação da transferência do paciente de uma sala de Estado Maior para uma cela comum, para além de objetivar garantir
sua integridade física, possui verdadeiro caráter penalizador, ante o suposto cometimento de falta disciplinar", diz trecho da decisão.
A ação movida pela defesa de Carlinhos Bezerra contestava uma determinação do juízo da primeira instância para que o réu fosse levado de volta à PCE.
Ao rejeitar a transferência, os desembargadores ressaltaram as ameaças de morte na PCE citadas pela defesa, bem como o entendimento de que a decisão do juiz não obedeceu ao direito de ampla defesa e contraditório, uma vez que, não oportunizou alegações de Bezerra.
Filho do ex-governador e atual suplente de deputado federal, Carlos Bezerra (MDB), o empresário Carlinhos Bezerra matou a tiros a ex-namorada Thays Machado, 44, e o atual companheiro da vítima, William César Moreno, 30, em frente a um condomínio localizado no bairro Consil em Cuiabá.
Os crimes foram cometidos porque Carlinhos Bezerra não aceitava o fim do relacionamento amoroso. As investigações da Polícia Civil identificaram que o empresário mantinha sentimento possessivo e que o crime foi premeditado.