Lorrane Cristina Silva de Lima, assassinada pelo companheiro em Diamantino, foi morta por ter se negado a deixar o marido ver o aparelho celular dela.
Segundo o delegado Marcos Bruzzi, responsável pela investigação, o marido da vítima, José Edson Douglas Galdino se apoderou de uma faca, desferiu vários golpes contra a vítima e, na sequência, usou o dedo dela para desbloquear o aparelho.
Os filhos de Lorrane, de 7 e 5 anos, presenciaram o crime e foram trancados na residência com o cadáver. A situação só foi descoberta após dois dias, depois que a diretora da escola onde as crianças estudavam foi até o local para saber porque não estavam indo para as aulas.
As crianças chegaram a dizer para a polícia e para o Conselho Tutelar que a mãe estava dormindo. O filho mais novo, de 5 anos, tem diagnóstico de autismo.
Quando chegaram ao local, os policiais encontraram o corpo em estado de decomposição. A vítima estava caída em uma poça de sangue e com uma faca ao seu lado.
Após o crime, José Edson trancou os enteados na residência, junto com o cadáver da mãe e disse que iria comprar um remédio e não voltou mais.
O caso é tratado como feminicídio pela polícia, que já representou pela prisão de José Edson. Ele é considerado foragido desde então. Segundo o delegado, o assassino possui uma passagem criminal pelo crime de perseguição registrado em 2022.
As crianças foram acolhidas pelo Conselho Tutelar. A Polícia Civil realiza diligências para localizar José Edson.