Bruno, que manteve um relacionamento de mais de um ano com Valérie, apresentava um histórico de agressões contra a professora, com registros de ocorrência por parte da vítima.
De acordo com o Ministério Público do Estado, responsável pela denúncia, no fatídico dia, sob o efeito de álcool e drogas, Bruno iniciou uma discussão que culminou em uma brutal agressão, onde utilizou uma faca de serra para desferir múltiplos golpes em Valérie.
O acusado foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado, considerando as circunstâncias agravantes do crime: motivo fútil, emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, e por ser um crime contra a mulher, motivado por questões de gênero.
Bruno está detido desde dezembro de 2022, quando após tentar fugir do local do crime, foi capturado na cidade de Dourados, Mato Grosso do Sul.
O caso veio à tona quando colegas de trabalho de Valérie, preocupados com sua ausência contínua no trabalho, acionaram a Polícia Militar.
No dia 13 de dezembro, ao investigarem o imóvel da professora, os policiais encontraram uma cena de horror: sangue espalhado pelo chão e paredes, e o corpo da vítima escondido, apresentando fraturas, lesões no rosto, marcas de dentes, e sinais de golpes causados por faca.
Após o crime, Bruno ainda frequentou a residência, convivendo com o corpo de Valérie até tentar escondê-lo devido ao odor da decomposição. Seis dias após o crime, ele foi localizado em um ônibus de viagem, onde acabou por confessar o assassinato.
A violência doméstica precedente ao feminicídio já havia sido documentada, com Valérie registrando ocorrências de lesão corporal, dano e injúria cometidos por Bruno.
Apesar de uma medida protetiva ter sido emitida em favor de Valérie, ela comunicou meses antes do crime que não via mais necessidade da mesma.