14/06/2022 às 16h55min - Atualizada em 14/06/2022 às 16h55min

Justiça bloqueia mais de R$100 mil de servidor por "sabotar" licitação do transporte!

O juiz da Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá, Bruno D'Oliveira Marques, determinou o bloqueio de R$ 100,5 mil do servidor aposentado Wilson Hissao Ninomiya. Ele atuava na Agência Estadual de regulação dos Serviços Públicos Delegados, e é suspeito de receber propina para favorecer administrativamente a Verde Transportes, empresa de transportes rodoviários, que estaria por trás de uma "sabotagem" á concessão do setor de Mato Grosso.

A decisão do juiz é do último dia 10 de Junho. Wilson Hissao já havia sofrido um bloqueio no processo que foi derrubado pela segunda instância do Poder Judiciário Estadual, que determinou a volta dos autos á primeira instancia para nova análise, apos as mudanças promovidas na lei de improbidade administrativa.

O novo dispositivo legal tem causado controvérsia no mundo jurídico, que aponta o risco de estimular a impunidade de agentes públicos enquadrados em atos de improbidade administrativa. Entre as contradições estão a possibilidade de um novo período de prescrição de pretensão punitiva, além da exigência de requisitos mais robustos para a decretação de ordens de indisponibilidade de bens.

“A demonstração do periculum in mora pressupõe a consumação do dano ao Estado brasileiro, o que inviabiliza a eficácia da medida de indisponibilidade. A medida cautelar tem por objetivo resguardar futura execução patrimonial, na hipótese de se confirmar o ato de corrupção praticado pelo agente público. A alienação de bem imóvel, por exemplo, sem a anotação de indisponibilidade na matrícula, inviabilizará futura penhora, porque o adquirente será terceiro de boa-fé”
explicou o juiz.


São réus na ação Éder Augusto Pinheiro, Carlos Carlão Pereira do Nascimento, Edson Angelo Gardenal Cabrera, Eduardo Alves de Moura, os empresários Júlio César Sales Lima, Max Wullian de Barros Lima, Wagner Ávila do Nascimento, José Eduardo Pena – além de Wilson Hissao Ninomiya.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT), o processo de concessão do transporte intermunicipal de passageiros em Mato Grosso não teria “andado” na Ager, em favorecimento a Verde Transportes e outras empresas.

Wilson Hissao Ninomiya teria recebido R$ 100,5 mil entre os anos de 2014 e 2016. 

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