03/06/2024 às 09h38min - Atualizada em 03/06/2024 às 09h38min

Júlia Andrade Cathermol Pimenta Deve R$ 600 Mil a Cigana e É Suspeita de Matar Namorado com Brigadeiro Envenenado

POLIANA BRANDÃO - POLIANA BRANDÃO
G1
 Depoimento de Suyany Breschak sobre Júlia Andrade Cathermol Pimenta

Em depoimento à polícia, Suyany Breschak, autointitulada conselheira espiritual de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, forneceu informações detalhadas e impactantes sobre a jovem de 29 anos, suspeita de ter envenenado e matado seu namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 44 anos, com um brigadeirão envenenado. Este depoimento lança luz sobre aspectos financeiros, espirituais e pessoais que cercam o caso, revelando uma complexa rede de relações e motivações.

 Dívida Acumulada DEVE 600 MIL A IGANA MULHER SUSPEITA DE MATAR MARIDO COM BRIGADEIRO ENVENENADO

Suyany revelou que Júlia acumulou uma dívida substancial de aproximadamente R$ 600 mil devido aos serviços de "limpeza espiritual" que a conselheira forneceu ao longo dos anos. Estes serviços incluíam uma variedade de rituais e práticas destinados a purificar e proteger a espiritualidade de Júlia. A dívida vinha sendo paga em parcelas mensais de R$ 5 mil, totalizando cerca de cinco anos de pagamentos contínuos. Esta quantia significativa indica a profundidade da relação financeira entre as duas e a seriedade com que Júlia encarava esses serviços espirituais.

 Origem do Dinheiro

No depoimento, Suyany mencionou que acreditava que Júlia obtinha os recursos necessários para pagar as parcelas através de "programas sexuais" que realizava e da pensão que recebia de seu pai. Esta declaração sugere que Júlia recorria a medidas extremas para garantir os pagamentos, possivelmente devido à pressão ou à crença na eficácia dos serviços espirituais. A combinação de programas sexuais e pensão paterna como fontes de renda destaca uma situação financeira complicada e potencialmente desesperada.

Comunicações Pós-Morte

Após a morte de Marcelo, Suyany disse ter recebido mensagens de Júlia, nas quais ela expressava estar "não suportando o cheiro do cadáver". Esta afirmação indica um estado de angústia e desespero, revelando o impacto psicológico do evento sobre Júlia. Além disso, Júlia teria mencionado que viu um urubu na janela de sua residência, um detalhe que pode ser interpretado como um mau presságio dentro do contexto espiritual em que vivia. O avistamento de um urubu, muitas vezes associado à morte e à decomposição, pode ter intensificado seu estado emocional e mental.

 Detalhes Adicionais do Relacionamento Espiritual

O relacionamento entre Suyany e Júlia não se limitava apenas a transações financeiras e serviços espirituais. Suyany se via como uma mentora e guia espiritual, ajudando Júlia a navegar por diversas dificuldades pessoais e espirituais. Júlia, por sua vez, confiava plenamente nas orientações de Suyany, o que explica a disposição de investir uma quantia tão alta em serviços espirituais. Esta dinâmica de dependência e controle pode ter influenciado significativamente as ações e decisões de Júlia ao longo dos anos.

 Conclusão

O depoimento de Suyany Breschak adiciona uma camada profunda de complexidade ao caso, revelando não apenas o suposto motivo financeiro por trás das ações de Júlia, mas também as crenças e influências espirituais que moldaram seu comportamento. A dívida acumulada, a origem controversa dos recursos financeiros e as comunicações perturbadoras após a morte de Marcelo são elementos cruciais que ajudam a traçar um perfil mais completo da suspeita. Estas informações são essenciais para a investigação policial, proporcionando um contexto mais amplo e detalhado sobre os fatores que podem ter levado ao trágico desfecho.

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