13/11/2024 às 12h00min - Atualizada em 13/11/2024 às 12h00min
Família de bebê que morreu afogado transforma luto em esperança com doação de órgãos no Mato Grosso
Alerta Total MT - Poliana Brandão
Em um gesto comovente de solidariedade e amor ao próximo, a família de Nicolas Valentim, um bebê de 1 ano e 8 meses, optou por transformar uma tragédia familiar em um ato de esperança ao autorizar a doação do coração do filho. Nicolas foi vítima de um acidente doméstico fatal, e, em meio ao luto, seus pais decidiram doar seu coração para salvar a vida de outro bebê da mesma idade, que aguardava por um transplante no Paraná.
A captação do coração foi realizada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e, logo após, o órgão foi transportado com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), a fim de garantir sua viabilidade para o procedimento urgente. Com uma janela de viabilidade de aproximadamente quatro horas fora do corpo, o transporte aéreo ágil foi essencial para que o coração chegasse a tempo ao receptor.
A Secretaria Estadual de Saúde do Mato Grosso (SES-MT) destacou a importância da conscientização sobre a doação de órgãos, especialmente em um país onde a demanda é alta e os recursos ainda são limitados. A doação de Nicolas representa não só um gesto de generosidade, mas também um exemplo que incentiva outras famílias a considerarem a doação como uma forma de salvar vidas.
No Brasil, qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos desde que comunique esse desejo à família, pois não é necessário um documento formal. Em casos de morte encefálica, como no caso de Nicolas, a autorização familiar é crucial para que a doação aconteça.
Os órgãos doados são destinados a pacientes de uma lista de espera nacional, administrada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que busca garantir justiça e compatibilidade para maximizar o sucesso dos procedimentos. A cada doação, a esperança renasce para os milhares de brasileiros que enfrentam a longa e angustiante espera por um transplante.
O ato de generosidade da família de Nicolas Valentin demonstra o poder transformador da doação de órgãos, que, em meio ao luto, possibilita que a vida floresça em outro coração. Essa história reforça a importância de comunicar o desejo de ser doador, ajudando a construir uma cultura de aceitação e empatia.
