O Sindicato dos médicos de Mato Grosso (Sindimed-MT) denunciou a Prefeitura de Cuiabá por atrasos salariais e irregularidades administrativas no setor da saúde. A denúncia foi apresentada na última quinta-feira (28) ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público de Contas e à equipe de transição do prefeito eleito, Abílio Brunini.
A APP Serviços Médicos, empresa terceirizada que fornece médicos para a UTI pediátrica do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), ameaçou paralisar os serviços devido a uma dívida de R$ 3,3 milhões acumulada pela empresa cuiabana, responsável pela gestão hospitalar. A empresa afirmou estar sem receber pagamentos desde novembro de 2023.
Na sexta-feira (29), a Prefeitura anunciou que a greve foi evitada após um acordo entre a APP e a direção da empresa cuiabana de saúde pública (ECSP), garantindo a continuidade dos atendimentos.
De acordo com o sindimed, médicos contratados e efetivos enfrentam atrasos frequentes no pagamento de salários, plantões, décimo terceiro e incentivos como o prêmio saúde. O sindicato argumenta que esses atrasos impactam a vida dos profissionais, comprometem o atendimento à população e ameaçam a continuidade dos serviços de saúde pública.
Os pedidos apresentados incluem:
A crise na saúde pública de Cuiabá, intensificada pela estadualização da regulação de urgência e emergência em 2023, continua gerando problemas, como:
O déficit mensal da empresa cuiabana, responsável pela gestão dos hospitais municipais, chega a R$ 10 milhões. Segundo o promotor Milton Mattos, a situação reflete um colapso financeiro.
Em nota, a Prefeitura destacou que a equipe de transição já trabalha para garantir uma gestão eficiente. A administração municipal sugeriu que o ministério público, em parceria com o governo do estado, busque soluções cooperativas que beneficiem a população.
O caso segue sendo investigado, enquanto as autoridades analisam medidas para mitigar os impactos da crise na saúde municipal.