Na última semana, o senador reeleito Wellington Fagundes (PL), que foi reeleito com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou, ser favorável à aprovação da PEC da Transição que está em tramitação no Congresso Nacional, apelidada de Pec fura-teto e considerada pela oposição um cheque em branco ao PT. A proposta é uma medida para que Lula (PT) possa furar o teto de gastos e cumprir promessas de campanha, como o pagamento de auxílio de R$ 600.
A proposta foi apresentada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e tem gerado críticas de que vai aumentar o endividamento do pais devido à liberação de despesas fora do teto de gastos. O texto pretende acomodar no Orçamento de 2023, por exemplo, a continuidade do pagamento do valor de R$ 600, mais uma parcela extra de R$ 150 para cada criança abaixo de 6 anos do Auxílio Brasil.
A medida é discutida no Senado e deve ser votada em dezembro.
Cenários desenhados por economistas, que acompanham as contas públicas apontam que o texto apresentado pode levar a dívida bruta do governo, hoje em 77,1% do PIB, a 90% ao fim dos quatro anos de mandato.