O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) saiu em defesa da Polícia Judiciária Civil e criticou o colega de parlamento Valdir Barranco (PT), que acusou a corporação de ter sido usada “politicamente”, em operação realizada na manhã de quinta-feira (23), em Cuiabá, para apurar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde.
“É um absurdo uma acusação dessa contra a Polícia Judiciária Civil. Instituição tão respeitada em Mato Grosso. Só que esse disparate não é uma surpresa vindo de um deputado do PT. A Polícia está fazendo a parte dela, agindo contra a corrupção e o PT faz o quê? Sai em defesa de bandido”, afirmou o parlamentar.
Cattani ainda destacou que o deputado sofre de “memória seletiva”.
“Ele disse que o pedido de intervenção é uma violência institucional. Mas, e o que o PT fez em Brasília? O pedido de intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal, não é uma violência institucional?”, indagou.
Ainda de acordo com o deputado, a sociedade de Mato Grosso não aceita mais escândalos de corrupção e, por isso, “o PT perdeu aqui”.
“Esse recado precisa ser entendido pelo deputado. Não aceitamos corrupção e aqui vamos sempre defender as forças de segurança. Pra bandido a solução é a Polícia”.
A operação
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a operação Smartdog e cumpriu, na quinta-feira (23), 10 mandados de busca e apreensão. A investigação apura irregularidades em um contrato da Secretaria Municipal de Saúde para a chipagem de cães e gatos.
A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) investiga o procedimento de inexigibilidade de licitação e o contrato celebrado entre o órgão da saúde municipal e a empresa Petimune, com valor estimado em mais de R$ 32 milhões.
Além dos mandados de busca e apreensão, as equipes policiais também notificaram o poder público municipal para cumprimento de ordens judiciais de vedações de contratação, execução e pagamento, além da restrição à atuação de agentes públicos.
Foram alvos da operação servidores e ex-servidores da secretaria municipal e a empresa.
A operação contou com suporte da Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil e apoio operacional da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Delegacia de Crimes Fazendários, Delegacia de Meio Ambiente, Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Polinter.