09/08/2023 às 12h36min - Atualizada em 09/08/2023 às 12h36min

Em Cuiabá, ministro da Educação diz que escolas militares de Mato Grosso continuam e terão apoio do MEC

No final de julho, Mauro Mendes anunciou que enviaria à Assembleia Legislativa um projeto de lei para a criação de mais escolas cívico-militares do Estado

Redação
Repórter MT
Reprodução
Em visita a Cuiabá nesta quarta-feira (9), o ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu que mesmo após o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), o Governo Federal continuará apoiando os estados que quiserem continuar com o modelo de gestão escolar.

As escolas militares estaduais continuam. Os modelos que os estados quiserem construir com o MEC, irão construir. O papel do MEC é dialogar sempre.

De acordo com o ministro, o fim do programa, criado em 2019 pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), não foi por motivos políticos e sim porque não havia previsão nem na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nem no Plano Nacional de Educação. O anúncio do final do Pecin foi feito em julho pelo governo federal.

 

Nós vamos continuar apoiando todas as escolas, apoiar os estados. As escolas militares estaduais continuam. Os modelos que os estados quiserem construir com o MEC, irão construir. O papel do MEC é dialogar sempre com os estados e municípios brasileiros”, disse o ministro.

 

Em Mato Grosso, a única instituição que fazia parte do Pecim é a Escola Estadual Mário Motta, em Cáceres. Porém, segundo a Secretaria de Estado de Educação, a unidade vai continuar a atuar no modelo de educação cívico-militar normalmente, agora sob a direção do Governo do Estado.

 

Mais escolas militares

No final de julho, Mauro anunciou que enviaria à Assembleia Legislativa um projeto de lei para a criação de mais escolas cívico-militares do estado. Atualmente existem 26 unidades em Mato Grosso. A ideia do governador é chegar a 50 escolas.

À época, o governador explicou que, ao contrário do que as pessoas costumam imaginar, a única diferença de uma unidade militar para uma escola comum, é que a direção fica a cargo de uma equipe, geralmente liderada por um policial militar aposentado. No mais, recursos, estrutura e equipe pedagógica são as mesmas das demais unidades de ensino.

“Lá você tem um diretor que é um ex-policial militar aposentado, na maioria das vezes, três ou quatro pessoas que ajudam ele e os professores são normais, da rede do estado. O pedagógico é exatamente igual, é do estado, é o mesmo material, mesmo livro, a mesma didática, a mesma pedagogia, o mesmo tudo. Não tem diferença nenhuma. Agora, tem uma diferença grande. Qual que é? Disciplina e respeito”, frisou.



 
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