Reprodução O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro (PSD-MT), mandou cancelar a autorização de pagamento de R$ 130 milhões do seguro rural para produtores. Ao invés disso, o dinheiro será usado para financiar obras de engenharia e compra de máquinas a pedido de parlamentares da base aliada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Congresso Nacional. As informações são da coluna do jornalista Guilherme Amado, no portal Metrópoles.
Foi Guilherme Amado quem revelou que os convênios do ministério em Mato Grosso atenderam estradas próximas a fazendas de Eraí Maggi, apoiado de Lula e padrinho político de Fávaro.
O dinheiro do seguro rural deveria ser utilizado para minimizar perdas de produtores que tiveram prejuízos devidos a fatores climáticos.
Em resposta à coluna, o ministério disse que a recomposição é necessária para aumentar a verba da ação orçamentária dedicada a obras de engenharia civil e compra de maquinário. Disse, ainda, que em anos anteriores o seguro agrícola já havia sido remanejado para outras áreas.
Desde que veio à tona a informação de que o ministério direcionou R$ 171 milhões para obras em cidades de Mato Grosso, Fávaro vem sendo pressionado pelo Palácio do Planalto a “compensar” a distribuição de recursos para outras regiões do país.
Conforme o ministério alegou à coluna, outros estados estão sendo atendidos com a ação “20ZV”, para qual foi remanejada a verba do seguro.
Conforme a coluna, foi aventada a possibilidade de cancelamento dos empenhos para obras em municípios do Mato Grosso, o que não aconteceu até o momento.
“Os valores remanejados atenderão despesas administrativas, contratos de terceirização de mão de obra e novos pleitos de transferência voluntárias, dentre outras diversas despesas que a ação contempla em seu detalhamento”, diz o ministério à coluna.
