O empresário e fazendeiro Argino Bedin, de Sorriso, será ouvido na terça-feira (3) pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Argino e membros de sua família constam na lista da CPMI de possíveis financiadores de atos antidemocráticos.
Argino e também Sérgio e Roberta Bedin tiveram bens bloqueados no final de 2022 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O clã Bedin é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao menos 15 caminhões das empresas da família estavam entre os veículos utilizados para bloquear estradas após a eleição vencida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na CPMI, Argino Bedin será ouvido por requerimento do deputado Carlos Veras (PT-CE). O deputado acrescenta que Bedin, conhecido no Mato Grosso como "pai da soja", é um latifundiário sócio de pelo menos nove empresas, que teve as contas bloqueadas por decisão do STF.
A relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), também apresentou um requerimento de inquirição do empresário, mas como testemunha. A senadora argumenta que "Argino poderá trazer informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos na presente comissão".
Com informações da Agência Senado