O ministro da Justiça, Flavio Dino, defendeu que é “pouco inteligente” tratar traficantes e usuários de maconha da mesma maneira. Apesar disso, Dino disse que o Governo Federal é contra o “liberou geral”.
A fala foi feita nesta segunda-feira (09), durante a entrega de armas, viaturas e anúncio de recursos para o Centro de Formação das forças de segurança de Mato Grosso, que será instalado no antigo COT do Pari, em Várzea Grande.
“Nós temos que ver as situações, como disse a pouco, entre o chefe do tráfico que mata, um grande líder de uma facção que comete uma série de crimes, de uma pessoa, de um jovem que foi flagrado numa situação pela primeira vez de porte; você não pode dar o mesmo tratamento, porque isso é inconstitucional e é pouco inteligente”, disse.
O ministro lembrou que cada preso tem custo aproximado de R$ 4,5 mil para o Governo do Estado de Mato Grosso e defendeu medidas cautelares como alternativa ao encarceramento, como o uso de tornozeleira eletrônica.
“Uma pessoa numa pena alternativa com tornozeleira, se ela não oferece a ameaça à sociedade, ela custa 10 vezes menos. Então há razões de inteligência em relação a isso”, disse.
“Mas, em relação ao narcotráfico, crime violento, facção, arma, a nossa postura, a postura do presidente é sempre a mesma: firmeza, ação. Nós não somos a favor de liberou geral porque isso também não dá certo”, concluiu.