Os chefes dos municípios, junto com o prefeito de Sorriso, Ari Lafin (PSDB), e outras 11 cidades se uniram na criação do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental a fim de concluir a duplicação da via. A ideia é realizar uma fusão entre os municípios, em parceria com entidades organizadas, produtores rurais e a iniciativa privada para dar andamento às obras na estrada.
Nas redes sociais, Mauro Vaz explicou que a agenda em Brasília nesta quarta-feira é com o Ministério da Infraestrutura. Conforme o gestor, uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PL) já foi solicitada, a fim de discutir a devolução da rodovia para a Rota do Oeste bem como a abertura de uma nova solicitação para que as obras da duplicação da via seja retomada.
Para o prefeito de Sinop, Roberto Dorner, a intenção não é apenas a manutenção da estrada para o transporte de produtos, mas também de evitar a perda de vidas.
“Nós estamos sofrendo, os quatro municípios (Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso) com a BR-163. (…) O desenvolvimento é muito grande e não estamos ganhando nada com ela, somente perdendo vida”
disse.
A BR 163 está envolvida em um imbróglio jurídico a respeito de sua concessão no trecho entre Itiquira e Sinop. Em dezembro do ano passado, a Concessionária Rota do Oeste protocolou junto a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) a devolução amigável da rodovia.
Desde então, organismos da sociedade civil têm atuado junto ao poder público pela “relicitação” dela, já que ajudaria a resolver o ‘problema’ da duplicação da via.
Quando a concessionária assumiu a rodovia, em 2014, estava previsto no contrato um investimento total de R$ 5,5 bilhões ao longo dos 30 anos à frente da gestão. Esse valor, no entanto, seria fruto de empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que já estavam pré-alinhados.