A anulação do leilão para compra de 263 toneladas de arroz desencadeou uma série de consequências que abalaram o Governo Federal e colocaram em risco o cargo do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). A Polícia Federal entrou no caso para investigar possíveis irregularidades, enquanto a pressão da oposição no Congresso Nacional pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apelidada de "Arrozgate", ganhou força.
Fontes ligadas ao presidente Lula (PT) já antecipam a queda de Fávaro como inevitável, diante da confusão causada pelo leilão de arroz e da intensa cobertura midiática sobre o assunto. A falta de experiência das empresas vencedoras do certame, algumas sem registro no sistema da Receita Federal para transações de alto valor no exterior, levantou suspeitas de irregularidades.
Além disso, a acusação de favorecimento a uma corretora ligada ao ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller, gerou desconforto no governo. Geller foi demitido na terça-feira (11), após acusações de beneficiar a empresa de seu ex-funcionário e de seu filho. Rumores de que Geller poderia substituir Fávaro no Ministério da Agricultura aumentaram a tensão, levando à exoneração do ex-secretário.
A possível substituição de Fávaro por Geller teria sido motivada, em parte, pela atuação política da suplente de Fávaro no Senado, Margareth Buzetti (PSD), que, apesar de teoricamente alinhada ao governo, tem votado contra importantes projetos do Executivo. A situação delicada do ministro da Agricultura evidencia as fissuras políticas e os desafios enfrentados pelo governo diante das recentes polêmicas.
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